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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Irritação

É o modo como bebe o sumo do pacote, a hipocrisia com que finge estar doente de uma perna, a forma como coxeia e as palavras de gato matreiro, de quem diz uma mentira e acha que ninguém percebe. Irritante!

Sempre com queixas e manifestações mesquinhas de quem está doente de morte. E que vai ser operado e mascarado e observado. E que está tão mal.

Procurar a pena dos outros, com pena de si mesmo. Irritante, desonesto, manipulador.

E fingir que se é muito atencioso e mostrar-se sempre empático. E que ajuda toda a gente. FINGIR!!!

E continua a beber a porcaria do sumo. E a irritação aumenta de volume e de espaço e de tudo. E sobe até quase sair e se soltar. E então quando começa a conversa sobre os relógios... UI! Dá-me vontade de vomitar.

E depois penso. E relativizo. Oiço uma música e respiro fundo. E está lá tudo...

Relaxo!

domingo, 1 de agosto de 2010

Sobre a mudança

As mudanças sempre me foram difíceis. E mudanças profundas implicam um redefinição de objectivos e sempre uma alteração do comportamento. Sempre fugi delas... a todo o custo!

Mas, se continuarmos a agir da mesma forma, vamos obter o que sempre tivemos.

Quebrar o apego não é fácil, mas quando o fazemos, a sensação de liberdade e de que somos capazes de tudo é magnífica e inspiradora.

Então, abraço a mudança. Abraço o compromisso de me mudar a mim mesma. Porque sei (tal como diz o grande Gabriel O Pensador), que "quando a gente muda o mundo muda com a gente!"

Agora que volto a ser eu. Agora que volto a ter vontade de viver, de estar com os outros e de os olhar nos olhos, sinto-me feliz. E aliviada. Orgulhosa pela minha coragem de não me acomodar e viver a vida como eu quero!

Ela sente-se verdadeiramente inspirada!!! :)

sábado, 31 de julho de 2010

Sobre relacionamentos II

Olhar as relações à volta e tentar entendê-las. Complicado. Um jogo estranho. Ela bem o sabe. Mas tem uma necessidade existencial de o fazer.

                                                                                     E nem todos parecem felizes.

A alguns falta-lhes brilho no olhar. Porque se fica então?

Ela sabe a resposta: medo de enfrentar o Medo! E sabe que não existe maior desafio do que este: enfrentá-lo!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Firmeza

Ela ouviu exactamente o que precisava.
                                                                                          A peça do Puzle!


A Mestre de yoga disse-lhe que ela se movimentava muito bem e que tem muita flexibilidade. Disse-lhe, no entanto, que tem que trabalhar a firmeza das suas pernas e a contenção nos movimentos. E piscou-lhe o olho.                                                      
                                              
                                               Como quem diz: "para bom entendedor basta"!

E então fez-se luz! Ela não precisa de ir a lado nenhum. Só precisa de sentir com muito mais firmeza as suas raízes, de se enterrar no chão como uma árvore e fazer todas as escolhas com contenção e firmeza.

                                              E ela sentiu finalmente paz, naquele dia tortuoso.

E quando vinha no carro, ouviu na  rádio uma música e percebeu a mensagem: "Don t worry, be happy!"

                                                                                         Tudo vai ficar bem...

"Aquela altura do mês"

Porque é que ela tinha que nascer com um ascendentes destes? Logo caranguejo!!! Porquê? E porque é que tudo isto lhe tinha que acontecer a ela? Porquê?

Pois nesta altura do mês, ela volta à fase dos "porquês" e dos "ses". Fica literalmente enjoada de tanta confusão que lhe vai na cabeça. As lágrimas acabam sempre por cair desalmadamente, num ou noutro momento. E a vida, no geral, parece extraordinariamente difícil.

Arrependimento, culpa, dor no peito... angústia. De como será o Futuro? E ela não está em paz. E só espera que os cinco dias passem depressa, para voltar a encarar tudo com algum optimismo e fazê-lo florescer.

Sente-se frágil e pequenina. E não consegue perceber o que é que a vida afinal tem de bom.

Tudo toma uma medida exageradamente dolorosa.

Ela não está a perceber como fazer limonada de limões. Não está a ver...

sábado, 24 de julho de 2010

Efeito Borboleta

É em alturas destas que se percebe exactamente, que tudo o que fazemos, tudo o que somos, tudo o que queremos e não queremos ser, influencia tudo e todos à nossa volta.



E ela vê-se como que suspensa. Parada no ar em posição de defesa. Não de ataque! De defesa!

Em posição fetal, ela envolve as mãos à volta do peito e esconde o seu chacra cardíaco. E pensa "porque é que não pode sofrer sozinha?"

Porque se ela soubesse o quanto tudo marcaria todos, talvez não tivesse voado em direcção ao desconhecido. Ainda bem que o não soube. Porque lhe parece que era necessário.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sobre relacionamentos

Durante o jantar de ontem, percebeu que x e y estão juntos. São diferentes. Como ela e ele também eram. E por isso vieram-lhe à ideia generosas perguntas: "Porque e como é que outros conseguem? Será que vai resultar? O que lhe faltou a ela para conseguir?".

Com o decorrer do jantar percebeu que não existem situações iguais. Que as pessoas são todas diferentes. Que os relacionamentos também o são. E que aquele novo, se calhar até vai resultar. Simplesmente porque são outras pessoas, noutro contexto.

E então, ela mais uma vez pensou e o coração ficou apertado. ELA NÃO SABE COMO VAI SER O FUTURO! Mas tem que viver de coração aberto, por mais difícil que seja agora, abrir um coração que tem uma ferida, que ainda agora começou a sarar.

Ela não sabe como vai ser, quem vai encontrar, se vai encontrar. E mais uma vez carimba dentro de si, que a vida tem que ser vivida com um certo desapego. Que as pessoas entram, saem. A única pessoa que fica sempre... É ELA!

Então x e y surpreenderam-na. E pensa agora se isto é mesmo possível. Se duas pessoas, com mentalidades diferentes, com crenças diferentes, conseguem efectivamente estabelecer uma relação harmoniosa e saudável. E se sim, então qual é o segredo? O respeito? Ele e ela também se respeitaram no início. Depois as diferenças falaram mais alto. E é triste... Mas foi assim.